quinta-feira, 30 de abril de 2009

Bolo de laranja com lavanda



Essa receita é uma versão da original que eu peguei no Trem Bom. Foi a primeira receita com lavanda que eu vi e é bem boa. Eu tive que adaptar porque eu estava sem amêndoas em casa, mas recomendo acrescentar a farinha de amêndoas da receita original, ou mesmo amêndoas em pedaços pequenos.

Esse bolo eu fiz ontem para dar de presente para um professor que se aposentou e hoje foi seu último dia no Instituto. Um jeito simpático de parabenizar pela brilhante carreira e agradecer pelo excelente acolhimento.

- 4 colheres de chá de Lavanda
- 1 ¼ xícara Açúcar
- 1 xícara de Manteiga sem sal em temperatura ambiente
- Suco e raspa de 2 Laranjas
- 4 Ovos
- 1 2/3 xícaras de Farinha de trigo
- 1 2/3 colher de chá de Fermento

1. Ligue o forno na temperatura média.
2. Amasse no pilão ou triture a lavanda com as cascas da laranja.
3. Bata bem o açucar e a manteiga até obter um creme claro.
4. Acrescente a mistura de lavanda com cascas de laranja e o suco da laranja ao creme claro.
5. Um a um, acrescente os ovos à mistura batendo bem após cada adição.
6. Acrescente a farinha e o fermento na massa. Misture com uma colher para obter uma massa lisa, mas não é preciso bater mais.
7. Unte uma forma e jogue cascas de laranja antes de colocar a massa. Elas ficam tostadinhas acrescentando sabor e decorando o bolo.
8. Despeje a massa na forma e leve ao forno por 40 minutos. Retire do forno e depois de 15 a 20 minutos desinforme o bolo.

domingo, 26 de abril de 2009

Muffin de Banana, Coco e Parmesão



Esse muffin foi uma invenção do Gu em um dia que eu ia fazer muffins simples de banana. Eu estava em dúvida se acrescentava castanhas ou coco, perguntei para ele o que ele preferia e ai ele teve a idéia de colocar também parmesão. Ficou delicioso! Recomendo, pois foi um dos muffins de bananas mais gostosos que eu comi.

- 3 Bananas bem maduras
- ½ xícara (125 ml) de Óleo Vegetal
- 2 Ovos
- 2 xícara (250 gramas) Farinha de Trigo
- ½ xícara (100 gramas) de Açúcar
- ½ colher de chá de Bicabornato de sódio
- 1 colher chá de Fermento em pó
- 1 ½ xícara coco ralado
- 8 colheres de sopa de Queijo Parmesão ralado

Pré-aqueça o forno a 200˚C.

1. Doure o coco na frigideira e reserve.
2. Amasse banana.
3. Bata o óleo com os ovos.
4. Misture os ingredientes secos.
5. Acrescente a mistura batida de óleo e ovos e misture rapidamente, sem bater.
6. Incorpore as bananas, o coco e o parmesão.

Assar por aproximadamente 20 minutos.

Rende 12 muffins.

domingo, 5 de abril de 2009

Capeletti in Brodo (Básico)


Vejam só: meu segundo post seguido. Quero ver alguém dizer que esse blog não é meu também. Esse nosso mundo ainda é muito machista. Quase todas as vezes que eu mando o link pra alguém eu escuto a pergunta: "Ah! A Priscila tem um blog?!" É como se fosse a coisa mais óbvia do mundo que somente ela poderia ter uma ideia como essas. Fico imaginando se as pessoas não pensariam que eu acho isso a maior baboseira ou se eu não publico meus posts obrigado.

Capeletti in Brodo é gostoso. Ponto. E fácil. Minhas proposta é apresentar a versão Básica. Acho que o Avançado incluiria preparar o caldo com uma carne de verdade e tudo o mais. Mas vou dizer que Capeletti in Brodo com Caldo Knorr é bom pra cacete. E é assim o que eu faço:

- 200 g de Capeletti (massa fresca) de Carne (acho o de carne mais gostoso e achei um no Pão de Açúcar que vem só com 200 g; serve 2 pessoas)
- 1 tablete de Caldo de Carne Knorr (ou de outra marca de sua preferência)
- 1 dente de Alho picado
- 1/2 copo de Vinho Branco
- Folhas de Louro a gosto (eu uso umas 5)
- Pimenta Calabresa a gosto
- Orégano a gosto
- Azeite a gosto
- Mostarda a gosto
- Salsa a gosto

Em uma panela grande o suficiente para conter a água e o capeletti depois, frite o alho com um pouco de azeite até ele ficar dourado. Adicione água o suficiente para acomodar bem o capeletti na hora de cozinhar. Eu faço isso de olho. Deve ser um pouco mais que um litro, no máximo um litro e meio. Dissolva o caldo de carne e vá adicionando o resto dos temperos: louro, orégano, pimenta, mais azeite, mostarda, vinho. Deixe a salsa para o final.

Quando ferver, coloque os capeletti e veja o que diz a embalagem sobre o tempo de cozimento. Acredite neles. Se eles disserem algo como 4 a 5 minutos, prefira 4, porque o seu capeletti não vai ser escorrido e vai continuar cozinhando na panela depois que você desligar o fogo.

Quando estiver pronto, misture a salsa e sirva com parmesão ralado (esse último é fundamental). Vocês notaram que eu não pus sal. É isso mesmo; temos o caldo de carne e o parmesão fazendo as vezes. Não precisa.

Essa é simplesmente uma das comida mais confortável que eu conheço. E fácil; tão fácil quanto miojo e muito mais saboroso.

sábado, 4 de abril de 2009

Picadinho de inspiração Síria com um Cuscuz difícil de classificar


Eu sei que é de se duvidar da minha participação igualitária neste blog. Ignoradas as razões pelas quais meus posts não são lá tão comuns, poderia ser dito que eu não compartilho o entusiasmo da Priscila pela cozinha, o que seria, no mínimo uma injustiça. Todo sábado, à hora do almoço (nesses meses que estamos vivendo em continentes distintos), ela passa pela tortura de ver o meu almoço. O problema é que às vezes eu esqueço da foto, outras dos ingredientes, mas hoje resolvi tomar cuidado.

Foi difícil, na verdade, dar um nome para isso. A ideia era fazer um cuscuz acompanhado de uma carne. Aproveitei alguns temperos que eu tinha em casa e a coisa foi se configurando meio síria, meio sei-lá-o-quê. Só sei que ficou muito bom. Vamos aos ingredientes.

Picadinho:
- 300 g de Filé Mignon cortado em cubos (no Pão de Açúcar eles vendem um "Filé para Strogonoff"; é o próprio)
- 1/2 Cebola média picada
- 50 g de Amêndoas [mal] esmagadas (em um pilão)
- 1/2 colher de sopa de Tahine
- 1/2 colher de Mel
- Manteiga para fritar
- Cebolinha picada a gosto
- Sal a gosto
- 1/2 colher de sopa de Zatar
- Pimenta Síria a gosto (com vontade)

Cuscuz:
- 125 g de Cuscuz Marroquino
- Casca de 1/2 Limão Siciliano ralada
- Suco de 1/2 Limão Siciliano
- Um pouco de Vinho Branco (uns 25 a 30 mL)
- 1 Abobrinha pequena picada
- 1/2 Pimentão Vermelho
- 1 Maçã pequena (tipo aquelas da Mônica) picada
- 1/4 de Cebola Picada (podem ser pedaços grandes)
- 2 folhas de Louro
- Coentro a gosto (usei coentro seco em flocos)
- Cebolinha a gosto
- Azeite a gosto

Vou começar explicando a carne, embora o ideal é fazer as coisas mais ou menos ao mesmo tempo. A carne eu preparei numa wok; funciona bem para esse propósito.

Derreta a manteiga (quase uma colher sopa) e frite a carne com fogo bem forte. Não coloque toda a carne de uma vez para não dificultar a fritura e secar a carne. Faça metade, sem mexer muito deixando a bem frita por fora (de modo a preservar um pouco do "suco" dentro dela) e depois adicione o resto, liberando espaço no fundo da panela. Enquanto frita, adicione um pouco de sal.

Quando a carne estiver boa, coloque a cebola. Minha ideia era não fritar a cebola ao ponto de escurecê-la. A cebola mais crua dá uma crocância e um sabor que eu, por alguma razão, associo com comida síria. Coloque o tahine, o zatar, e pimenta síria, o mel, um pouco mais de sal se for preciso e um pouco de água. A ideia é que haja um pouco de molho, mas nada exagerado; controle isso com a água e vá mexendo. Quando estiver perto de atingir o ponto (o ponto que você queira), adicione a cebolinha (apenas partes verdes) e as amêndoas. Misture bem e está pronto.

O cuscuz passou por algumas etapas, mas elas não são fundamentais. Aqui a coisa é relativamente livre. Eu vou explicar o que eu fiz, mas há inúmeros meios de se chegar ao mesmo resultado.

1) A metade do meu pimentão não tinha semente; tome o cuidado de tirar as sementes do seu. Eu espetei um garfo nela e liguei uma boca do fogão e queimei a casca até ela ficar praticamente toda preta. O cheiro é ótimo. Depois, eu coloquei o pimentão debaixo da água fria da torneira (na expectativa de facilitar a retirada da casca). Com uma faca, raspei a casca e ela até que saiu com facilidade.

2) Aqui em casa tem um negócio bacana que serve para cozinhar legumes no vapor. Ele é todo furado e cabe dentro de uma panela pequena. Você coloca os legumes dentro dele e põe um pouco de água na panela, e deixa lá cozinhando. Minha ideia era usar a água dos legumes para fazer o cuscuz. Acontece que o espertão aqui esqueceu dos legumes e água secou. Os legumes, no entanto ficaram ótimos. Eu pus a abobrinha, o pimentão, a cebola e os talos brancos da cebolinha lá dentro.

3) Sem a minha água de legumes eu precisava fazer uma nova. O segredo de se fazer um cuscuz saboroso está na água. Se você deixá-la bem temperada, o cuscuz absorve o tempero e fica delicioso. Para preparar a água, eu fritei um pouco a casca do limão no azeite. Depois misturei a maçã e deixei fritando mais um pouco. No final veio o suco do limão, e a água. Eu coloquei 125 mL de água aproximadamente e mais o vinho branco. A quantidade de água para o cuscuz precisa ser um pouco mais do que a quantidade de cuscuz. Nessa água coloquei as folhas de louro, um pouco de sal, o coentro e um pouco mais de azeite. Deixei fervendo por uns dois minutos em fogo baixo e desliguei o fogo.

4) Com o fogo desligado, misturei o cuscuz à água e tampei a panela. O ideal é deixar por quase três minutos. O cuscuz absorveu toda a água, daí eu misturei os legumes e o resto da cebolinha. Pronto! Depois foi só servir com a carne e eu nem preciso dizer que ficou delicioso.

Pão tipo Italiano (rústico)


Esse pão é um achado! Ele não precisa ser sovado, o fermento trabalha sozinho e tudo que você precisa fazer é dar tempo para ele. Fácil e delicioso. Parece uma panhoca, massa de pão italiano sem a casca dura. A receita é de um padeiro dono de uma famosa padaria em NYC e no New York Times tem um vídeo com ele ensinando a receita. Qualquer dúvida vá lá conferir, mas não tem mistério. Eu já fiz uma versão integral e funciona muito bem. Basta usar metade de farinha integral e metade de farinha branca. Foi essa versão integral que acompanhou a salada de beterraba postada anteriormente.

- 3 xícaras de farinha de trigo
- 1½ xícara de água
- ¼ colher (chá) de fermento biológico instantâneo para pão (só isso mesmo)
- 1¼ colher (chá) de sal (na próxima vez usarei 1½ colher)

- Farinha para polvilhar
- Panela de ferro, vidro ou cerâmica com tampa (mas também funciona forma comum coberta com papel alumínio.)

1) Misture os ingredientes secos em uma tigela média. Adicione água e incorpore com a mão ou espátula rapidamente. Com poucas mexidas você terá uma massa meio mole, mas com os ingredientes incorporados.

2) Cubra a tigela com filme plástico ou tampa e deixe descansar por 12 a 18 horas em temperatura ambiente. A massa cresce bem nesse período.

3) Após 12 a 18 horas a massa estará cheia de bolhas. Enfarinhe uma superfície e coloque a massa sobre ela. Essa superfície pode ser um pano de prato que facilitará sua vida para manipular a massa. Dobre a massa em dois sentidos, vertical e horizontal. Imagine que a massa é um papel e que você vai dobra-lo duas vezes para obter 3 partes. Peque a ponta de cima e dobre para baixo e depois a ponta de baixo e dobre para cima. Faça o mesmo com as laterais. Pegue a ponta da esquerda e dobre para a direita e a ponta da direita para a esquerda. Joque farinha (ou uma mistura de farinha com outros grãos de sua preferência) por cima da massa, vire a massa para ficar com as pontas para baixo e a parte lisa para cima, jogue mais farinha e cubra com um pano.

4) Ligue o forno a 260-270ºC e coloque a panela que você vai usar para aquecer dentro do forno. Quando o forno atingir a temperatura tire a panela do forno e vire a massa na panela. Ao virar na panela, a massa ficará com a parte das pontas para cima, isso garantirá umas rachaduras na superfície do pão. Tampe e asse por 30 minutos. Destampe e asse por mais 15

5) Cerca de meia hora antes de colocar o pão para assar (ou como eu fiz, 15 minutos antes), pré-aqueça o forno a 220-250°C e deixe uma panela de ferro, vidro ou cerâmica aquecendo. Quando a massa estiver pronta, tire cuidadosamente a panela do forno e coloque a massa. Tampe e asse por meia hora. Destampe e asse por mais 15 a 20 minutos, até dourar.
Blog Widget by LinkWithin